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Botânica Econômica

  • Roberta Andressa Pereira
  • 16 de dez. de 2017
  • 3 min de leitura

O homem começou a cultivar plantas, como cevada, lentilha, trigo, ervilha, por volta de 10 mil anos, na Ásia. Ao cultivar e cuidar dessas culturas, os antigos agricultores mudaram as características das plantas, de modo que elas foram se tornando cada vez mais nutritivas e fáceis de coletar. A agricultura espalhou-se a partir deste centro para a Europa e outros continentes, como a África. Entretanto, a agricultura pode ter se originado independentemente em um ou mais centros. Muitas plantas cultivadas foram primeiramente domesticadas na África, como, por exemplo, cará, quiabo, café, algodão. Alguns destes também poderiam ter sido domesticados independentemente no Novo Mundo e talvez na Ásia. Na Ásia desenvolveu-se uma agricultura fundada em alimentos básicos, como o arroz e a soja, e os cítricos, a manga, o inhame, a banana e outras culturas.




Desde os primeiros tempos, os animais domésticos foram um componente significante na agricultura do Velho Mundo. Os rebanhos de animais de pastoreio foram destrutivos ecologicamente para muitas regiões semiáridas do Velho Mundo, principalmente quando eles aumentaram em número. Entretanto, também foram importantes fontes de alimento. Quando esses animais herbívoros foram introduzidos na América Latina, em seguida às viagens de Colombo, mostraram-se imensamente destrutivos em muitos habitats, incluindo as florestas tropicais.

No Novo Mundo, a agricultura se desenvolveu de maneira independente. Acredita-se que ela teve início há aproximadamente 10 mil anos no México, com o plantio de abóboras e milho. Acredita-se, também, que a agricultura peruana seja tão antiga quanto a mexicana.

Os navegadores e “descobridores” encontraram uma riqueza de novas culturas para levar ao Velho Mundo. Entre essas culturas podemos citar o milho e algumas espécies de algodão (como sugerimos acima), feijão comum e feijão-de-lima, tomate, tabaco, pimenta, batata, batata-doce, mandioca, abóbora, abacate, cacau.

Outros produtos não madeireiros também chamaram a atenção, especialmente as especiarias e ervas aromáticas, que podem ser derivadas de raízes, cascas, sementes, frutos. Entre esses produtos, temos a canela, a pimenta-do-reino, o cravo, a menta, o endro, o estragão.

Nesse contexto, a população humana vem crescendo muito rapidamente. Éramos 500 milhões no século XVII. No início do século XXI já passávamos a marca dos seis bilhões de habitantes, e boa parte vive em absoluta pobreza. Como resultado do crescimento populacional e da pobreza, e porque relativamente pouco tem sido feito para desenvolver as práticas agrícolas utilizadas nas regiões tropicais, os trópicos vêm sendo devastados ecologicamente.

Em nosso país, há séculos a exploração dos ecossistemas faz parte de nossa atividade econômica. Infelizmente, essa atividade não foi realizada de forma consciente e sustentável, o que levou à destruição da maior parte de alguns de nossos biomas, entre eles o Cerrado e a Mata Atlântica. Essas áreas enfrentam problemas diversos. Entre eles, os sociais e o ambientais merecem destaque. Os problemas ambientais vão desde a extração de essências medicinais e ornamentais de plantas e animais nativos da floresta, passando pela extração ilegal de diferentes tipos de árvores para a indústria madeireira, até o avanço da agricultura e pecuária, que têm como principais consequências o desmatamento em massa de áreas de floresta nativa, a introdução de espécies exóticas e o esgotamento e poluição de solos e mananciais, além da urbanização. Entre os sociais estão a baixa renda per capita de famílias, desemprego, total ou parcial dependência da floresta para a sobrevivência, falta de políticas educacionais e de saúde para a região, entre outros.

Atualmente houve uma mudança de consciência a respeito da exploração das áreas florestais, embora essa mudança seja lenta e gradual.


FONTE: PEREIRA, Roberta Andressa. Diversidade de Fanerógamas. Indaial: UNIASSELVI, 2016.

 
 
 

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Prof. Pedro Henrique

"Não basta saber, é preciso saber fazer." (Leonardo da Vinci)

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